Projetos Meu Terreiro na Praça e Café com Fé discutem intolerância religiosa e o racismo em Teresina

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Com o objetivo de discutir a intolerância religiosa e o racismo, a Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc) promove mensalmente os projetos Meu Terreiro na Praça e Café com Fé. Em 2024, foram realizadas 12 edições do Meu Terreiro na Praça com 815 participantes e o Café com Fé teve 11, com a participação de 840 pessoas.

O Café com Fé ocorre em órgãos públicos estaduais e para participar do projeto é necessário que seja feito uma solicitação, pelo terreiro ou associação de moradores. Além do Café, a equipe da Superintendência da Igualdade Racial e Povos Originários promove um momento interreligioso de roda de conversa para discutir a questão da intolerância religiosa e questões relacionadas ao racismo.

A gerente de Povos de Terreiros, Lucy de Oxóssi, conta que  o projeto inicial era realizar as ações na Praça dos Orixás, “ocupando o espaço que é das religiões, que é dos terreiros, religiões de matrizes africanas, e o intuito era utilizar o referido local da praça para desenvolver as atividades”, relatou.

Contudo, Lucy de Oxóssi revela que houve uma grande procura de alguns  representantes de associações de bairros e outros terreiros que começaram a solicitar o projeto em suas comunidades. “Então, levamos o projeto para onde ele é solicitado. Nós ficamos responsáveis em fazer o axé, o movimento, na praça, fazemos uma visita ao terreiro, solicitando a presença deles, com documentos em ofício, assinado pelo Pai de Santo e tudo, e a gente realiza o evento na praça”, informa Lucy de Oxóssi.

Ainda de acordo com a gerente, durante os eventos participam várias lideranças religiosas, como católicos, umbandistas, candomblecistas, e evangélicos, no qual são discutidas questões relativas à intolerância religiosa, diversidade e, muitas vezes, as questões também podem estar relacionadas ao racismo.  “As religiões de matriz africana são as que mais sofrem preconceito na sociedade, como candomblé, umbanda, terecô, Jurema, que são as religiões de matriz africana mais comuns no Piauí”, finalizou Lucy.

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